quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

O que não gostas em mim...


Não gostavas das minhas mãos, dizias que os meus pés pareciam repolhos, gozavas com as minhas sardas e com mais sabe se lá o quê...com tanta coisa má que vias em mim não sei como demoraste tanto tempo para deixares de gostar de tudo de vez (se algum dia gostaste).
Já eu tive pouca sorte apenas não gostava dessa tua forma estranha de gostar, (ou será esse não gostar ou o raio que te parta a ti, que eu nunca percebi) porque se tivesse tantas coisas que não gostasse em ti, com as que tu não gostavas em mim, quem te tinha mandado pastar era eu...(literalmente)

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011


Hoje ainda limpo a merda que fizeste na minha vida...eu sei que ando a demorar um bocadinho com estas limpezas mas deixa te que te diga ainda fizestes uns bons estragos por aqui e como não gosto de desarrumações estou a levar algum tempo para que fique tudo bem arrumado. Para variar ficou tudo espalhado pelo chão,( era pedir te muito que deixasses tudo como encontraste) as lembranças, as memórias, o que disseste e o que ficou por dizer, as músicas, as gargalhadas o teu cheiro, tudo espalhado á mercê de ninguém... Até tens sorte de eu não agarrar nesta tralha toda e espetar com isto tudo no lixo e bem depressa arranjar outro estronço que me cague a casa toda outra vez, mas eu não sou dessas miúdas eu gosto de mastigar as recordações, e acredita que estas um dia ainda me vão fazer sorrir sem me magoarem.
Espero que se um dia destes te quando te lembrares de vir fazer merda para estes lados outra vez, sim porque o mundo dá muitas voltas, eu não me esqueça da trabalheira que tive para arrumar tudo isto e te consiga dizer que já não há mais espaço na minha vida para as tuas desarrumações...

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

" Agora tu dizias que..."




E porque é que tudo não pode ser como era dantes, e porque é que quando crescemos perdemos tanta coisa...perdemos a graça, os dentes de leite, a inocência e as brincadeiras, ganhamos vergonha e malícia! Era tão mais fácil que o faz de conta ainda pudesse ser possível, e pudessemos dizer para a outra pessoa (como fazíamos), " Agora tu dizias..."ou então " Agora tu fazias...", e ela dizia e fazia o que nós queríamos (ou achávamos que era certo) e com isto púnhamos e dispúnhamos o rumo das nossas brincadeiras...não é que muitas das criaturas que andam por ai, tenham deixado de brincar ao faz de conta, porque não deixaram, põe e dispõe do rumo não das brincadeiras mas da vida real. O que era de facto interessante era que ambos soubessem que se está a brincar ao faz de conta, assim já sabiam para o que iam...é porque de outra forma ninguém se entende!

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011


Hoje jogas comigo á bisca dos não sei quantos, e neste jogo vale tudo...as apostas são altas, há bluff e batotas, as minhas cartas estão na mesa (como sempre), ainda tens um trunfo de baixo da mesa e uma dupla de ases, fazes renuncia eu reparo e não digo nada, volto a perder...Não gosto de jogar contigo!

sábado, 5 de fevereiro de 2011

Coisas estranhas


Grandes pancadas que a miuda tem...A miuda não consegue dormir com o mesmo pijama, é uma peça de cada nação vai-se lá saber porquê...a miuda não bebe coca-cola em garrafas de virdo, esquesitices? Talvez. A miuda não consegue agarrar em esfregão palha de aço nem nada que seja fios maleáveis, paranóias... A miuda andava com blusas de intervenção e de apelo, feitas manualmente, numa altura em que tentava ir contra o mundo, a miuda foi vegetariana e teve uma caixa onde juntava moedas para comprar um bote a remos para ir trabalhar para a greenpeace, parvoice da idade? Talvez. A miuda ia para a rua nas aulas porque escrevia nos quadros " Salvem as baleias" e " Salvem as tartarugas do Madagáscar" (muito antes de sairem os filmes), e por ter sempre uma palavrinha a dar sobre este tipo de temática. A miuda adorava (e ainda adora) papagaios de papel e de ficar horas sem fim a olhar para o céu a miuda sempre fez as coias sem se importar com o que os outros pensavam (pensam) dela...a miuda sempre pareceu lunática, de cabeça no ar...a miuda sempre pareceu tanta coisa que não era...a miuda sempre soube sorrir...

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011


Não vale a pena pôr nada em cima a tapar porque para trapalhada já basta o que a vida nos trás...não vale a pena remendar porque já alguém dizia que colado é pior que partido... Se calhar o melhor mesmo é deixar como está, o tempo trata de o pôr como novo...