quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Hoje trouxe as tuas meias...



"Hoje trouxe as tuas meias comigo, por minha vontade tinha te trazido a ti, em vez das meias, mas como já se reparou as minhas vontades têm pouco peso nos acontecimentos da minha vida, portanto trazer as meias já foi mais que bom...vens me fazer companhia para o laboratório, visto que companhia, nestes últimos tempos, é uma coisa que me têm feito falta (muita falta, apesar de estar acompanhada). Não é que fosse necessário trazer alguma coisa tua, para me lembrar de ti, de todo que não é, e como deves calcular as tuas meias e tudo o que venha desses teus pés não são coisas que faça muita questão de ter por perto, não sou muito fã, se é que me entendes, mas á falta de melhor hoje até me soube muito bem olhar para os pés e ver as tuas meias...e estar aqui sentada a ouvir o barulho destas máquinas, a ver tubos a entrar e a sair, penso no quanto me fazes falta, é engraçado que me fazes muita falta..."






(escrito algures no inverno passado)



terça-feira, 20 de setembro de 2011



Fazemos de conta que o tempo não passa por nós, fazemos de conta que será sempre assim, tu com o teu brigadeiro de chocolate, eu com o café, que agora, por mania, já vem sem o primeiro pingo, fumamos cigarros, e por entre fumos espalhamos silêncios. Há muito pouco ou nada entre nós, só o silêncio... Consegues fazer com que meia dúzia de palavras não signifiquem nada no meio do nosso silêncio e do teu sorriso (é impossível descrever o teu sorriso).



Fazemos de conta que não é nada connosco, fazemos de conta que ainda não aconteceu, mas sabes o melhor? Já muito aconteceu e hoje eu olho para ti e vejo a pessoa por quem eu tenho uma admiração gigante, a pessoa que influenciou toda a minha forma de estar na vida, vejo a pessoa que consegue simplificar tudo o que a minha mente teima em complicar...



Fazemos de conta...e o melhor mesmo é continuarmos a fazer de conta, que tudo vai ser igual por mais uns quantos anos (espero que muitos), que haverão sempre silêncios e gargalhadas por partilhar e que sempre que quisermos o Évora irá contar, ainda, as suas histórias e nós iremos lá estar para ouvir, como sempre estivemos.




GAIVOTA

domingo, 18 de setembro de 2011



Peço desculpa senhor taxista, àqueles que já tiveram o gosto de me levar a casa, sem uma morada concreta, pois mudei de casa á pouco tempo e ainda não me dei ao trabalho de escrever o nome algures para evitar este papel de largada e sem rumo! Desculpe senhor taxista por ter de me ouvir na curta viagem da avenida à minha residência e são tantas as parvoíces, que as desculpas não são tão poucas como parecem: " Sr.José António (sim porque faço questão de tratar as pessoas pelos nomes) conte comigo até três e depois "a-ssopre" para ficar verde depressa", " Este é o pirilampo deste ano? É muita feio", " É lá óculos ray ban!", entre outras gracinhas...





Arrisco me sinceramente a ser proibida pela central de táxis a usufruir dos serviços, e isso é que não pode acontecer...





Prometo que vou moderar os meus modos, mas é que o desgoverno chaga a ser tanto que pronto...a modos que só me resta pedir desculpa e sobretudo agradecer a simpatia e paciência que estes senhores tem tido para com a minha pessoa.

domingo, 4 de setembro de 2011



Canto baixinho, tenho a certeza que não vais ouvir, canto e não desafino, canto num tom diferente do meu. Canto uma música qualquer, modifico os tempos á minha maneira, como me dá mais jeito. Paro quando quero, ninguém me ouve...recomeço devagar, faço, novamente, um esforço para me lembrar da letra, não importa, ninguém está a ouvir mesmo...










Era tão bom que fosse tudo assim...