quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016
Amo-te tanto!
Hoje liguei te, só mais uma vez, só para ouvir essa tua voz rouca e ter a certeza que és a mulher da minha vida. Queria que tivesses as mesmas certezas que eu, tenho esperança que sim, um dia vais ter, enquanto não as tens vou só reforçando as minhas.
Tens a vida arrumada - eu sei disso. Mais uma vez vou desarrumá-la, acho que nem te vou pedir autorização, as coisas certas não fazem tanto sentido assim como tu pensas. A única coisa que poderia fazer sentido era o facto de ainda gostares de mim, ou perceberes que ainda gostas, de resto nada faz sentido.
Mexo no passado, no teu, no nosso, mastigo as as nossas histórias o que vivemos, somos tão um do outro,como é que isso se apaga? Como é que podes ignorar isso? Sei que o teu presente é diferente, sei que a pessoa que está ao teu lado é impecável, sei que gostas dele e ele de ti, muito, sei muito, mas não quero saber de nada, a única coisa que quero é que tu saibas que eu amo-te tanto!
Mandei te mensagem, fico à espera que possas responder, fico à espera que o carinho e as memórias sejam suficientes para abanar esse teu mundo alinhado, fico à espera que acordes com duvidas, muitas, não sei ao certo se consigo te acalmar o desassossego, mas isso logo se vê, nada é certo; amo te tanto.
Hoje prometo que me controlo em frente aos nossos amigos, eles foram laços que a vida quis que continuássemos a ter, tu não percebes os sinais que a vida te dá? Prometo que não digo nada de inconveniente, nem tento pela milésima vez que percebas que és a mulher da minha vida; é tão difícil fazer aquilo que prometo é mais forte que eu, eles também já sabem o que a casa gasta, mesmo que não consiga (o que é provável) eles percebem, é que te amo tanto que não me consigo controlar.
Ás vezes sou bruto, inconveniente, impaciente, imaturo nas minhas atitudes, quero de todas as formas tocar-te, irritar-te, entrar no teu pensamento e permanecer o tempo suficiente para que me deixes entrar de novo no lugar que já foi meu, se tu soubesses o que era capaz de fazer por ti, nem eu sei, é que te amo tanto.
quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016
Não
Fechou
os olhos, para ganhar coragem, pensou para si, para ter a certeza
absoluta que estava a agir de forma correcta, repetiu mais umas
quantas vezes ( as necessárias para puder dizer em voz alta), encheu
os pulmões de ar: finalmente disse-lhe, que não. Nunca o tinha
feito, não era procedimento habitual, ela fazia dele o que queria, e
sabia disso. Aproveitava-se das fraquezas dele, apoderava-se das suas
vontades, dominava-lhe os sentidos; contudo desta vez as coisas não
lhe correram de feição, ele foi acérrimo nas suas palavras, como
nunca o tinha sido.
Ela, inicialmente, assustou-se mas depois percebeu
que aquela era a última palavra dele: não.
sexta-feira, 15 de janeiro de 2016
Prometeste muito cedo
Os anos já tinham
passado, por nós - o suficiente -, para perceber que pertencemos um
ao outro - ou pelo menos era assim que devia ser.
Nunca nos lamentámos
da vida – da nossa. Ensinaste-me a recolher do mundo o melhor e o
pior, ensinaste-me a ver as coisas de outra forma, sem pressas, sem
medos, sem rodeios, sem vergonha - ,sem deixar de ser eu.
Dizias muitas vezes
para que nunca deixasse de ser eu, não querias não me amar, era
apenas isto que me pedias, e esse foi o meu maior desafio, espero ter
sido sempre eu, para ti.
Sempre soubeste o que
querias – principalmente o que não querias - e foi assim que me
ensinaste a gozar a vida, foi assim que me ensinaste a vive-la, foi
assim que me ensinaste a gostar de ti e de mim. É assim que vai ser,
daqui para a frente, mesmo na tua ausência.
Prometeste-me, que ias
ficar comigo, para sempre, e foi o que aconteceu; mas prometeste
muito cedo – cedo demais.
Hoje aprendo novamente
a viver - sem ti -, recomeço com tudo aquilo que me deste, com todas
as memórias que criámos, com toda a nossa felicidade: é difícil viver sem ti, sabias?
Ainda me pertences,
sabes perfeitamente disso; apesar de já não seres meu e eu estar disponível para ser de outro alguém, vamos sempre ser um do outro.
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