Fechou
os olhos, para ganhar coragem, pensou para si, para ter a certeza
absoluta que estava a agir de forma correcta, repetiu mais umas
quantas vezes ( as necessárias para puder dizer em voz alta), encheu
os pulmões de ar: finalmente disse-lhe, que não. Nunca o tinha
feito, não era procedimento habitual, ela fazia dele o que queria, e
sabia disso. Aproveitava-se das fraquezas dele, apoderava-se das suas
vontades, dominava-lhe os sentidos; contudo desta vez as coisas não
lhe correram de feição, ele foi acérrimo nas suas palavras, como
nunca o tinha sido.
Ela, inicialmente, assustou-se mas depois percebeu
que aquela era a última palavra dele: não.
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