Vejo que ainda me olhas, não sei se como antigamente, mas
sei quando o fazes…olhas me e eu tenho a certeza, hoje mais que nunca, que
ainda vês os meus olhos enfadados como da última vez que achaste isso, se
calhar hoje ainda estão mais carregados e podes olhar à vontade, não te vou privar disso,
nem de olhar nem de sentires culpa, porque no fundo tu contribuíste para que
permanecessem assim…
Com a maior das calmas deixo que andes por cima do que é meu
como sinal de que não me esqueceste. Andas por aqui, mais dentro do que fora e
vou me lembrando do que foste para mim. Engraçado, mas na altura não sabia o
que eras para mim, nem deixei que me mostrasses. Andas por aqui, mas não te
vejo, danças ao som das minhas músicas, ao sabor da minha ventania. Guardo o olhar que me pareceu certo,
naquela altura, guardo as palavras que foram escritas por ai e esforço me para
acreditar que não foram apenas escritas porque sim e que não se tornaram
mentira…Guardo te na lembrança de uma forma carinhosa, guardo aquilo que já não és, guardo porque me fazias feliz, guardo porque te esqueceste de como me fazias feliz, guardo porque, apesar de tudo, eu não me quero esquecer como me fazias feliz...
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