sexta-feira, 27 de abril de 2012

Sentas-te a meu lado, passas os dedos de vergonha pela areia, depois de a sentires, agarras com as mãos uma parte dessa areia e deixas cair lentamente, como o teu á vontade lentamente se acomoda. Olhas em frente, fixas a linha de mar e quebras o silêncio entre nós, mas não olhas para mim. As tuas palavras são, literalmente, levadas pelo vento, para que quero eu as tuas palavras?! Não te oiço,não te quero ouvir, mas isso tu não sabes...as tuas palavras nunca despertaram em mim interesse...
Fito-te o olhar e tenho a sensação de sempre, a sensação de fim da tarde quente, do teu abraço apertado, a sensação familiar de que não vão ser precisas palavras para descrever aquilo que estou a ver, aquilo que estou a sentir, a sensação que aconteça o que acontecer vamos sempre pertencer um ao outro...
Encho as minhas mãos de areia, abro e deixo-a cair para as tuas, espero que segures bem...

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